O segundo dia da formação para oficiais do Instituto Nacional de Inspecção do Pescado (INIP) foi inteiramente dedicado a um dos maiores desafios do sector: as doenças em animais aquáticos. Durante a sessão de terça-feira, 22 de Julho , os 20 participantes mergulharam num estudo intensivo sobre diagnóstico, transmissão e classificação de patologias, no âmbito da capacitação organizada pela UNIDO através do projecto MAMAP, financiado pela NORAD.

Sob a orientação do especialista Manecas Baloi, o Módulo 3 cobriu um vasto leque de tópicos essenciais para a vigilância sanitária. Os inspectores aprenderam a identificar alterações comportamentais e sinais clínicos de doenças , a diferenciar entre doenças infeciosas e não infeciosas , e a compreender os vários níveis de diagnóstico. A sessão abordou ainda os meios de transmissão de doenças no ambiente aquático, os riscos de zoonoses (doenças transmissíveis a humanos) e o desafio das doenças emergentes na aquacultura global.

Este foco intensivo na sanidade animal responde directamente a uma das barreiras identificadas para o crescimento do sector em Moçambique: a dificuldade em sustentar programas de vigilância de doenças e a fraca conformidade com as normas internacionais. O controlo eficaz de doenças é crucial para manter o acesso a mercados de exportação exigentes, como a União Europeia, uma conquista que a parceria entre a UNIDO e o INIP já ajudou a assegurar no passado através do apoio ao Laboratório de Inspeção do Pescado (LIP).

A formação, que decorre no Hotel Southern Sun , continua hoje com o Módulo 4, focado na “Prevenção e Controle de Doenças”, onde serão discutidas as boas práticas de maneio sanitário e a imunoprofilaxia. O evento termina amanhã, 24 de Julho.

Baixe aqui a apresentação do módulo

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